Imagine se, em vez de “país do futebol”, o Brasil fosse chamado de “o país do bolapé”.
Ou se fôssemos pentacampeões de “balípodo”.
Ou se a competição que mobiliza nosso país de quatro em quatro anos fosse a “Copa do Mundo de Ludopédio”.
O que acha?
Não está entendendo?
Eu explico: bolapé, balípodo e ludopédio foram três propostas de nacionalização do inglês football, que, por motivos que vão desde a sonoridade ruim até a falta de bom gosto, não pegaram.
Preferimos dar uma roupagem vernácula à inglesa football, grafando-a futebol, de acordo com os moldes da nossa ortografia.
Mais uma prova de que em língua não adiantam decretos nem invenções de gente como o filólogo Castro Neves, criador de balípodo, e como o poeta Fernando Pessoa, pai de bolapé.
Por Laércio Lutibergue
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